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5 sintomas que sinalizam câncer de intestino como o de Preta Gil

Preta Gil morre aos 50 anos e deixa alerta poderoso sobre o câncer de intestino

A despedida de uma estrela e o início de uma conscientização nacional

O Brasil se despediu neste domingo, 20 de julho de 2025, de uma das vozes mais marcantes da música nacional. Preta Gil faleceu aos 50 anos após uma longa batalha contra o câncer de intestino. A artista, que também era atriz e empresária, vinha lutando desde 2023 contra a doença, sempre com coragem, sinceridade e um compromisso claro: alertar o público sobre os sinais silenciosos desse tipo de câncer.

Ao tornar pública sua luta, Preta transformou dor em conscientização. Usou sua visibilidade para educar e orientar milhares de brasileiros, reforçando a importância dos exames preventivos e da escuta ativa aos sinais do próprio corpo. Seu legado vai muito além da música.

Os primeiros sintomas ignorados: quando o corpo fala

Preta Gil revelou em diversas entrevistas que os primeiros sintomas foram confundidos com problemas intestinais comuns. Por meses, conviveu com prisão de ventre severa — chegando a ficar até 10 dias sem evacuar —, fezes finas ou em formato de fita, e presença de sangue e muco nas evacuações. Também relatou dores de cabeça constantes e picos de pressão alta.

O episódio mais grave ocorreu quando desmaiou ao perceber um forte sangramento ao ir ao banheiro. Ao ser levada às pressas ao hospital, os exames identificaram um tumor de 6 centímetros no intestino.

Esses sinais, muitas vezes negligenciados, são típicos do câncer colorretal, uma doença silenciosa e traiçoeira. Segundo especialistas, os principais sintomas de câncer de intestino incluem:

  • Mudança no hábito intestinal (diarreia ou constipação prolongada);

  • Sangue nas fezes (vermelho vivo ou escuro);

  • Fezes finas, em fita ou achatadas;

  • Sensação de evacuação incompleta;

  • Fadiga constante e perda de peso sem causa aparente;

  • Anemia;

  • Dores abdominais persistentes.

Uma luta pública marcada por coragem e esperança

Após o diagnóstico, Preta passou por uma cirurgia delicada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, em dezembro de 2024. O procedimento durou 21 horas e envolveu a retirada de tumores em linfonodos, um nódulo no ureter e metástases no peritônio.

Durante o tratamento, enfrentou complicações severas, incluindo uma infecção generalizada causada pelos efeitos da quimioterapia, que a levou à UTI. Ainda assim, nunca perdeu a fé nem o compromisso de compartilhar sua jornada com o público.

Em uma emocionante entrevista ao programa Conversa com Bial, Preta contou que chegou a ouvir do pai, Gilberto Gil, que, se estivesse muito difícil, deveria aceitar a morte em paz. Mas foi justamente esse momento que despertou sua força interior. “Não chegou a minha hora”, respondeu ela — uma frase que virou símbolo de sua garra.

Um legado de amor, arte e alerta à saúde intestinal

A morte de Preta Gil não foi em vão. Desde que revelou seu diagnóstico, houve um aumento expressivo na procura por colonoscopias, exame essencial na detecção precoce do câncer colorretal. A colonoscopia pode identificar e remover pólipos antes que se transformem em tumores malignos, sendo uma das principais ferramentas de prevenção.

Médicos e especialistas alertam para o crescimento alarmante do câncer de intestino entre adultos jovens, inclusive sem histórico familiar. Entre os fatores de risco estão:

  • Alimentação pobre em fibras e rica em ultraprocessados;

  • Sedentarismo;

  • Obesidade;

  • Histórico genético.

Preta usou sua dor para despertar milhares de brasileiros. Transformou sua luta pessoal em um chamado coletivo por mais atenção à saúde, mais prevenção e menos tabus sobre exames importantes.

Conclusão: Preta Gil parte deixando uma obra cultural rica e um legado de impacto social imensurável. Sua coragem em expor a própria vulnerabilidade fez com que milhares de pessoas olhassem para dentro — literalmente — e cuidassem de sua saúde intestinal. Que sua partida nos lembre que o silêncio do corpo pode esconder doenças sérias, mas que a prevenção pode salvar vidas.

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