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Ciente da gravidade da doença, este foi o último pedido que Preta Gil fez ainda em vida

Preta Gil morre aos 49 anos nos Estados Unidos e deixa um legado de amor, fé e coragem

O Brasil amanheceu mais triste neste domingo, 20 de julho de 2025, com a notícia da morte da cantora, atriz e empresária Preta Gil, aos 49 anos. A artista faleceu em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde se submetia a um tratamento experimental contra o câncer colorretal diagnosticado em janeiro de 2023. A confirmação veio por meio de fontes próximas à família, que já estavam cientes da gravidade do quadro clínico nos últimos dias.

Uma luta incansável

Preta Gil estava em Nova York há alguns meses, lutando com determinação contra a doença. Mesmo com um diagnóstico delicado, ela mantinha viva a esperança de recuperação. Recentemente, havia manifestado a intenção de retornar ao Brasil e, inclusive, chegou a organizar sua volta para o mesmo domingo em que veio a falecer. O plano era embarcar em uma UTI aérea rumo ao Rio de Janeiro. No entanto, seu estado de saúde se agravou repentinamente e, antes que pudesse iniciar a viagem, Preta faleceu em casa, cercada pelo filho Francisco Gil e outros familiares.

A cantora deixa Francisco, de 28 anos, fruto de sua relação com o cantor Otto, e sua neta Sol de Maria, de apenas 7 anos, que era seu maior orgulho. A presença de Sol era frequente nas redes sociais da avó, com quem compartilhava momentos de carinho e cumplicidade. A morte de Preta causou uma comoção imediata. Fãs, amigos e colegas de profissão inundaram as redes sociais com homenagens, memórias e palavras de afeto.

Os últimos desejos da artista

Segundo informações divulgadas pela jornalista Fábia Oliveira, do portal Metrópoles, Preta Gil teria confidenciado a amigos mais próximos seus últimos desejos. Entre eles, estava o pedido para ser velada no Rio de Janeiro, cidade onde construiu grande parte de sua carreira artística e de sua vida pessoal, e ser sepultada na Bahia, seu estado natal. A Bahia, para ela, representava suas raízes, sua ancestralidade e sua identidade mais profunda.

Até o momento, a família ainda não divulgou oficialmente detalhes sobre o velório e o sepultamento, mas tudo indica que os desejos da cantora serão respeitados com muito carinho. Para Preta, a Bahia era mais do que origem geográfica — era símbolo de pertencimento, espiritualidade e amor à cultura afro-brasileira, algo que sempre permeou sua arte e sua trajetória.

A difícil jornada contra o câncer

Desde o diagnóstico, Preta enfrentou a doença com bravura. Em agosto de 2024, foi descoberto que o câncer havia se espalhado para outras regiões do corpo, incluindo dois linfonodos, o peritônio e um nódulo no ureter, tornando o tratamento ainda mais complexo. A partir desse momento, sua equipe médica passou a buscar alternativas fora do país, optando por terapias experimentais nos Estados Unidos.

Na quarta-feira, 16 de julho, Preta passou mal durante uma sessão de quimioterapia. A partir dali, seu quadro começou a se agravar. A atriz Carolina Dieckmann, sua amiga de longa data, fez questão de viajar para os Estados Unidos para estar com ela em seus últimos momentos. O filho Francisco, que esteve ao lado da mãe durante toda a internação, permaneceu firme e presente, apoiando-a até o fim.

Fé, amor e consciência até os últimos dias

Mesmo enfrentando os efeitos devastadores da doença, Preta Gil nunca deixou de compartilhar mensagens de fé, positividade e luta. Nas redes sociais, usava sua plataforma para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de intestino e sobre a necessidade de se olhar para a vida com mais empatia, acolhimento e amor próprio.

Ela falava abertamente sobre as dores, as incertezas e os aprendizados que a doença trouxe, mas também sobre a gratidão de viver. Sua voz, firme e vibrante, foi se transformando em um grito de resistência — uma forma de mostrar que, mesmo fragilizada fisicamente, sua alma permanecia luminosa e combativa.

Um legado que não morre

Preta Gil se despediu do mundo da mesma forma como viveu: com coragem, intensidade e generosidade. Sua partida deixa um vazio imenso na cultura brasileira, mas também uma herança afetiva e simbólica que será lembrada por gerações. A cantora não foi apenas uma artista multifacetada — foi também uma mulher que inspirou outras a se amarem, a se expressarem e a não desistirem.

Sua luz continua presente nas músicas, nas memórias e nas palavras que deixou. E, sobretudo, no amor que espalhou em vida — e que, como ela mesma dizia, é o que realmente permanece.

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