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Médico é chamado às pressas na casa de Bolsonaro, seu filho Carlos pede orações pelo pai

Crise de saúde de Jair Bolsonaro mobiliza família, médico e reacende debate político

A saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a ser motivo de preocupação nacional nesta segunda-feira (29), após o surgimento de um quadro agudo de mal-estar envolvendo vômitos intensos e uma crise persistente de soluços. A situação mobilizou familiares, aliados políticos e seu médico particular, Cláudio Birolini, que foi chamado para prestar atendimento domiciliar. O episódio gerou repercussão imediata nas redes sociais e alimentou discussões sobre o impacto de suas condições clínicas na política brasileira.

A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal O Globo e confirmada por familiares, incluindo o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que relatou o caso em tempo real por meio de sua conta oficial na rede X (antigo Twitter).

Filho relata agravamento do quadro e pede orações

Carlos Bolsonaro foi quem primeiro levou a público a gravidade do estado do pai. Em uma publicação com tom de apreensão, o vereador descreveu os sintomas que levaram a família a considerar uma possível internação hospitalar.

“Estou com minha família avaliando a necessidade de levar meu pai novamente ao hospital. Ele enfrenta uma crise de soluços acompanhada de quatro episódios de vômito, que ele mesmo descreveu como os mais intensos até agora. A Michelle está o deixando um pouco mais confortável e tranquilo, enquanto o médico já está a caminho de casa para avaliar a situação. Peço, por favor, que orem por ele!”, escreveu Carlos.

A menção à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que também estava presente no momento da crise, reforçou a tensão entre os familiares diante da piora repentina no estado do ex-presidente.

Histórico médico complexo desde o atentado de 2018

Bolsonaro, atualmente com 69 anos, convive com um histórico médico delicado desde que sofreu uma facada durante a campanha presidencial de 2018, em Juiz de Fora (MG). A agressão comprometeu gravemente seu aparelho digestivo e deu início a uma série de intervenções cirúrgicas — mais de cinco até hoje — para corrigir lesões e tratar complicações como aderências intestinais, refluxo gástrico, e obstruções.

Desde então, episódios de dor abdominal, soluços prolongados, vômitos e até internações emergenciais se tornaram recorrentes. Em 2023, por exemplo, Bolsonaro enfrentou ao menos três internações por problemas no trato gastrointestinal, incluindo um episódio grave de obstrução intestinal.

Avaliação médica domiciliar visa evitar riscos no transporte

Diante da nova crise, a família optou por acionar diretamente Cláudio Birolini, cirurgião especializado no sistema digestivo e responsável pela última cirurgia abdominal de Bolsonaro. O atendimento foi realizado na residência do ex-presidente, como medida preventiva para evitar os riscos de deslocamento, dado o quadro de fraqueza e náuseas.

Birolini acompanha Bolsonaro de forma contínua desde sua última internação e já havia mantido um protocolo de vigilância médica para casos de recorrência dos sintomas. Até o momento, não foi confirmada a necessidade de internação hospitalar, mas a possibilidade não está descartada, segundo fontes próximas.

Estado de saúde gera reações nas redes e ambiente político

A crise de saúde rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Apoiadores do ex-presidente usaram hashtags pedindo orações e mensagens de solidariedade, enquanto opositores criticaram a politização do episódio. A exposição pública da situação de saúde também alimentou discussões sobre a transparência de figuras públicas em relação à sua condição médica e os possíveis reflexos políticos disso.

Embora afastado formalmente de cargos públicos, Jair Bolsonaro segue como liderança central da direita brasileira, com influência direta sobre o cenário político, especialmente em prévias eleitorais e articulações nos bastidores do Congresso. Por isso, qualquer informação sobre seu estado de saúde acaba repercutindo também em análises sobre sua capacidade de articulação política futura.

Sinais de alerta e riscos do quadro atual

Especialistas em gastroenterologia apontam que crises de vômito intenso e soluços persistentes podem indicar desde uma irritação no esôfago até complicações mais graves, como obstrução intestinal ou infecções intra-abdominais. Em pacientes com histórico cirúrgico como o de Bolsonaro, qualquer sintoma relacionado ao aparelho digestivo precisa ser tratado com máxima atenção.

“Pacientes que passaram por cirurgias abdominais múltiplas ficam suscetíveis a aderências e inflamações. Soluços contínuos e episódios de vômito podem ser sinais de algo mais complexo, e a avaliação clínica rápida é essencial”, explica um especialista ouvido por veículos da imprensa.

Expectativa por atualizações médicas

Até o momento, não foi divulgado um boletim oficial de saúde por parte da equipe médica ou da família. A expectativa gira em torno da avaliação feita por Birolini e de eventuais exames que possam ser solicitados caso os sintomas persistam. A qualquer sinal de agravamento, a internação será considerada.

Enquanto isso, aliados próximos mantêm contato com a família e com a base de apoiadores, buscando tranquilizar o público e reforçar a necessidade de orações e apoio. Nos bastidores, porém, a tensão é visível.

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