“Acaba de falecer a jovem de 26 anos que foi atingida por uma… Ver mais”

Um caso digno de roteiro de filme policial está chocando a opinião pública dominicana. Uma mulher foi formalmente acusada de ser a mandante do assassinato do próprio marido, após as investigações revelarem que ela teria pago cerca de 4 milhões de pesos dominicanos para contratar um pistoleiro encarregado de tirar a vida do homem com quem foi casada por mais de 15 anos.
A acusada, Lucía del Carmen Rivas, de 42 anos, foi presa nesta semana por agentes da Direção Central de Investigações Criminais (DICRIM), depois de uma investigação minuciosa que revelou uma rede de mensagens, transferências bancárias e depoimentos que a ligam diretamente ao crime.
O homicídio ocorreu em 12 de fevereiro, no bairro Los Prados. A vítima, José Antonio Gutiérrez, de 45 anos, foi surpreendida ao sair de casa e recebeu diversos disparos, morrendo na hora. Inicialmente, suspeitou-se de um assalto, mas os indícios apontaram para algo muito mais sombrio.
Uma traição por dinheiro… e amor
De acordo com o Ministério Público, Lucía teria planejado o crime durante meses, utilizando um amante mais jovem para intermediar o contato com os executores. Ela teria prometido o pagamento milionário como garantia de um “trabalho limpo e sem rastros”.
As autoridades revelaram que 1 milhão de pesos foi pago adiantado, com o restante a ser quitado após a execução do crime. O rastro do dinheiro foi identificado por meio de depósitos fracionados em diferentes contas bancárias ligadas aos suspeitos, que já estão presos e confessaram participação no assassinato.
Segundo os promotores, o motivo do crime seria a combinação de ambição financeira e uma relação extraconjugal. José Antonio era proprietário de uma empresa de transporte e possuía vários bens em seu nome. Lucía teria arquitetado tudo para herdar parte significativa desse patrimônio.
Repercussão e comoção
A notícia gerou revolta na população e nas redes sociais. Muitos usuários expressaram indignação diante da frieza da acusada. “Quatro milhões para matar o pai dos seus filhos? Que tipo de pessoa faz isso?”, comentou uma internauta no Twitter. Outros exigem punição exemplar e alertam para o perigo crescente dos crimes por encomenda no país.
Justiça e medidas legais
Os familiares da vítima, em choque, pedem justiça. Eles afirmam nunca ter desconfiado de Lucía, a quem consideravam uma mulher “calma e reservada”. Hoje, acreditam que tudo não passava de uma fachada. “Ela enganou todo mundo. Nunca pensamos que fosse capaz de algo assim”, disseram.
Em audiência recente, a juíza da Vara de Atenção Permanente determinou prisão preventiva de 12 meses enquanto as investigações prosseguem. Lucía será encaminhada ao Centro de Correção e Reabilitação Najayo Mujeres. O Ministério Público pretende solicitar a pena máxima por homicídio encomendado.
O caso reacende o debate sobre a facilidade com que, segundo especialistas, se pode contratar matadores de aluguel no país e destaca a urgência em reforçar os mecanismos de controle financeiro e inteligência criminal.
O processo ainda está em andamento, mas o impacto é inegável: traição, ganância e crime premeditado destruíram uma família e abalaram profundamente a sociedade dominicana.