Amigo diz que empresário encontrado em buraco em Interlagos usou maconha e “estava alterado”

Empresário é Encontrado Morto em Interlagos: Polícia Investiga Possível Crime

O misterioso caso envolvendo a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, em São Paulo, tem mobilizado autoridades e gerado grande comoção pública. O corpo foi encontrado dentro de uma escavação no Autódromo de Interlagos, três dias após seu desaparecimento, levantando sérias suspeitas de homicídio.

A complexidade do caso e os detalhes revelados até o momento transformaram o incidente em uma das investigações criminais mais comentadas de 2025 na capital paulista.

Desaparecimento Após Show no Autódromo de Interlagos

Na sexta-feira, 30 de maio, Adalberto compareceu a um show do cantor Matuê, realizado dentro do autódromo. Segundo seu amigo Rafael, que o acompanhava, o empresário teria consumido cerca de oito copos de cerveja e usado maconha adquirida no local. Rafael relatou que Adalberto ficou visivelmente alterado e inquieto.

Após o evento, ele se despediu dizendo que iria sozinho buscar seu carro, estacionado a apenas 200 metros de distância. A partir desse momento, ele nunca mais foi visto com vida.

A esposa de Adalberto, sem conseguir contato desde as 19h40, acionou o amigo e, posteriormente, as autoridades. As buscas começaram no sábado e se encerraram tragicamente na terça-feira, quando o corpo foi localizado dentro de uma vala de três metros de profundidade usada em obras no autódromo.

Corpo Foi Encontrado Sem Calça e Sem Tênis

O estado em que o corpo foi encontrado aumentou ainda mais as suspeitas de que Adalberto possa ter sido vítima de um crime. Ele estava sem calça e sem tênis, o que levantou hipóteses de violência, abuso ou tentativa de ocultação de provas.

De acordo com a delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento de Homicídios de São Paulo, não há indícios de queda acidental. A polícia acredita que ele foi colocado já inconsciente dentro da escavação.

Outro ponto relevante é a distância curta entre o local do desaparecimento e onde o corpo foi achado — um trecho que poderia ser percorrido em menos de cinco minutos.

Laudo Preliminar Aponta Asfixia e Compressão Torácica

O Instituto de Criminalística confirmou que a causa provável da morte foi asfixia combinada com compressão torácica. Ricardo Lopes Ortega, diretor do instituto, disse que a cena foi analisada com tecnologias avançadas, incluindo scanners 3D e drones, para garantir máxima precisão na coleta de evidências.

Embora não tenham sido encontradas marcas externas de agressão, os peritos aguardam resultados dos exames toxicológicos, anatomopatológicos e subungueais — estes últimos podem revelar vestígios de luta corporal, como fragmentos de pele ou sangue sob as unhas.

Esses exames são cruciais para determinar se houve violência física e quem poderia estar envolvido no crime.

Patrimônio Milionário e Calça Encontrada Reforçam Mistério

Outro fator que elevou o nível de atenção do caso é o fato de que Adalberto possuía um patrimônio milionário, como confirmou sua esposa. Isso levanta possibilidades como motivação financeira para o crime, além de desavenças pessoais ou profissionais.

Na quinta-feira (5), garis encontraram uma calça nas redondezas do autódromo. A peça, semelhante à que o empresário usava no dia do desaparecimento, está passando por perícia. Uma calça anterior havia sido descartada por não pertencer à vítima, segundo os familiares.

A investigação avança lentamente, mas com foco total em identificar os responsáveis e desvendar o que realmente aconteceu naquela noite.

Justiça e Respostas: Expectativa Cresce em Todo o País

A morte de Adalberto chocou familiares, amigos e a opinião pública. Um homem jovem, pai de família e com carreira de sucesso, teve a vida interrompida em circunstâncias trágicas e obscuras. A cidade de São Paulo e o Brasil acompanham cada novo detalhe revelado pela polícia.

As redes sociais estão repletas de mensagens exigindo justiça, e especialistas em segurança têm alertado para a necessidade de reforçar a vigilância em grandes eventos, especialmente em locais com obras em andamento.

Enquanto a Polícia Civil continua reunindo provas, a família aguarda, com dor e angústia, por respostas definitivas.