O caso da pequena Larissa Manoela Lucena, de apenas 10 anos, continua a abalar a cidade de Barueri, na Grande São Paulo, e a comover o país. Nesta terça-feira (17), o padrasto da menina, identificado como Diego, foi chamado para prestar novo depoimento à polícia — o terceiro desde o início das investigações.
Larissa foi encontrada morta no dia 12 deste mês, com ferimentos graves no pescoço e tórax, dentro da casa onde vivia com a mãe e o padrasto. Desde então, as autoridades têm intensificado os esforços para descobrir quem foi o autor do crime brutal e o que teria motivado tamanha crueldade.
Suspeitas e Contradições: Diego Tenta Apresentar Álibi
Diego compareceu novamente à delegacia para esclarecer detalhes do seu paradeiro no dia do assassinato. Segundo ele, estava trabalhando como montador no período da tarde. Um homem que o contratou apareceu como testemunha e confirmou que o padrasto esteve em sua casa entre 15h e 18h naquele dia.
Além disso, a filha da chefe de Diego também foi ouvida. Ela afirmou que ele trabalhou tanto pela manhã quanto à tarde, reforçando o suposto álibi.
No entanto, a linha do tempo ainda apresenta lacunas, especialmente no período da manhã e início da tarde. A polícia tenta cruzar os depoimentos com imagens de câmeras de segurança, registros de localização e outros elementos que possam confirmar ou desmentir a versão apresentada.
Pai de Larissa Cobra Esclarecimentos sobre Horário
Cícero, pai biológico da menina, afirmou que as declarações de Diego ainda deixam dúvidas. Para ele, é essencial entender com exatidão os horários em que o padrasto começou a trabalhar e se realmente esteve fora de casa o tempo todo.
“A mãe dela sai de casa entre 6h e 6h30. Tem que ver que hora que ele entrou no serviço”, disse o pai, visivelmente abalado. Segundo ele, a janela de tempo entre a saída da mãe e o início da suposta atividade profissional de Diego pode ser crucial para a investigação.
Cícero também pediu mais rigor por parte das autoridades na verificação dos álibis apresentados. Ele acredita que apenas uma apuração minuciosa poderá fazer justiça à filha.
Corpo Foi Encontrado Pela Mãe no Fim da Tarde
A tragédia veio à tona quando a mãe da menina chegou em casa no final da tarde do dia 12. Ao entrar no imóvel, encontrou a filha sem vida. O cenário era devastador: Larissa apresentava múltiplas perfurações e não havia sinais de arrombamento, o que aumentou as suspeitas de que o assassino tinha acesso ao local.
O caso mobilizou não apenas as autoridades, mas também toda a comunidade local. Escolas da região, vizinhos e parentes se uniram em atos de homenagem e comoção, exigindo que o caso seja esclarecido o mais rápido possível.
Polícia Busca Respostas e Foco Está no Círculo Familiar
Até o momento, a polícia trabalha com várias linhas de investigação, mas o círculo íntimo da família segue no centro das atenções. Diego, por ser uma das últimas pessoas a ver a menina com vida e por morar na mesma casa, continua sendo uma peça-chave para a elucidação do caso.
Novas perícias estão sendo feitas em objetos pessoais, câmeras da região e até roupas que podem ter relação com o crime. A expectativa é que a junção desses dados possa apontar com clareza quem foi o responsável por tirar a vida de uma criança tão jovem.
Justiça por Larissa: O Brasil Clama por Respostas
O assassinato de Larissa Manoela Lucena é mais um lembrete doloroso de que a violência infantil no Brasil precisa ser combatida com urgência. Casos como esse exigem rapidez, rigor investigativo e apoio à família da vítima.
A população espera que as autoridades consigam reunir provas suficientes para responsabilizar o verdadeiro autor do crime, seja quem for. O clamor por justiça ecoa não só nas ruas de Barueri, mas em todo o país.
