‘Doença do beijo’: Anitta é diagnosticada com vírus brutal
Em muitos casos, a mononucleose se manifesta de forma assintomática. Por isso, as pessoas podem transmitir sem sequer saber que estão com o vírus.
Quando há sintomas, eles podem ser confundidos com os de outras doenças respiratórias comuns. Por isso, uma boa maneira de confirmar o diagnóstico é por meio de um exame sorológico para identificar a presença de anticorpos.
Segundo o Ministério da Saúde, a doença pode causar:
- febre alta;
- dor ao engolir;
- tosse;
- dor nas articulações;
- inchaço no pescoço;
- irritação na pele;
- amigdalite;
- fadiga;
- Inchaço do fígado.
“Os sintomas mais comuns são gânglios, que a gente palpar na região do pescoço, uma dor de garganta importante, manchas brancas nas amígdalas, muitas vezes o paciente não consegue nem comer e precisa ser internado para garantir a alimentação”, explica a médica.
Evolução e tratamento
A maior parte das pessoas se cura em poucas semanas. Mas há uma pequena proporção, de acordo com o Ministério, que leva meses para recuperar seus níveis de energia anteriores, com um estado de fadiga prolongado.
Não existe tratamento. Mas o uso de corticoides pode ser útil em casos graves de complicação com obstrução de vias aéreas, diminuição de plaquetas no sangue com risco de hemorragia ou anemia hemolítica (quando os anticorpos naturais do organismo destroem as hemácias (glóbulos vermelhos).
Relação com esclerose e outras doenças
O vírus pode, ainda, causar outras doenças. “Ao longo da vida, se acontece algum desbalanço nesse controle do vírus que o nosso sistema imune faz, e que pode acontecer por diversos motivos, isso pode fazer com que o vírus da mononucleose dê origem a outras doenças. Então alguns tipos de linfoma, alguns tipos de linfoma de Hodgkin, podem sem causados”, explica a infectologista.
A investigação sobre uma possível relação entre o vírus e o desenvolvimento de esclerose múltipla, como relata a atriz Ludmila Dayer, é estudada há anos por cientistas e médicos.
Ainda não há uma confirmação, mas em janeiro, um estudo realizado por cientistas da Universidade Harvard forneceu a evidência mais forte sobre esta relação até o momento. A pesquisa foi feita com mais de 10 milhões de militares e mostrou que praticamente todos os casos de esclerose aconteceram após uma infecção pelo vírus.
A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla a define como uma “doença neurológica, crônica e autoimune”. Ou seja, quando “as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares”.
A infecção pelo Vírus Epstein-Barr é uma das hipóteses estudadas, mas as causas da doença ainda são desconhecidas.