Flávio declara que há um preço para que ele deixe candidatura

Flávio Bolsonaro admite que pode desistir da Presidência e deixa mistério no ar: qual é o “preço” por trás da negociação?

O domingo (7) parecia seguir o roteiro de sempre: culto em Brasília, agenda pública e declarações calculadas. Mas, dessa vez, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) surpreendeu. Em conversa com a imprensa, o senador admitiu que pode desistir da disputa pela Presidência da República — desde que um “preço” seja pago. A palavra caiu como uma bomba no debate político e virou combustível imediato para especulações nas redes sociais e entre analistas.

A fala veio sem detalhamento. Flávio insinuou que esse “preço” existe, mas afirmou que não o revelaria “por nada no mundo”. Minutos depois, recuou parcialmente e disse que pretende dar mais detalhes nesta segunda-feira (8). O suspense já dominou Brasília.

O que significa esse “preço”? Anistia do 8 de janeiro entra no radar

A pergunta que todo mundo fez também chegou a Flávio: a anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 seria a moeda de troca? Já circulava nos bastidores que esse tema poderia influenciar a decisão dele de manter ou retirar a candidatura.

Sem negar e sem confirmar, Flávio deixou no ar uma frase que inflamou ainda mais o cenário: disse que “a pista estava quente”. Analistas interpretaram isso como um sinal de que sim, a discussão da anistia pode ser um dos principais pontos da suposta negociação.

Mesmo assim, o senador manteve o mistério:

— Eu tenho um preço para não ir até o fim. Eu vou negociar — reforçou, sem abrir o jogo.

O enigma abriu espaço para especulações: estaria Flávio usando a pré-candidatura como carta de pressão? Ou estaria preparando uma saída estratégica para favorecer outra composição política? Nada está claro — justamente por isso o assunto explodiu nas redes.

Conversas com o Centrão: reuniões-chave começam nesta segunda

Flávio Bolsonaro afirmou que esta segunda-feira será decisiva. Ele pretende conversar com líderes do Centrão, grupo que hoje funciona como o verdadeiro fiel da balança em Brasília.

Os nomes citados incluíram:

  • Ciro Nogueira (PP)

  • Antonio Rueda (União Brasil)

  • Marcos Pereira (Republicanos)

Esses partidos e dirigentes podem definir alianças, apoios e recuos estratégicos. Isso significa que, nos bastidores, está sendo discutido algo maior que uma simples desistência: uma rearrumação da direita para 2026.

Além de alianças regionais e negociações internas, há também um cálculo pragmático sendo feito: continuar na disputa vale mais do que garantir apoio ao PL em outras frentes estratégicas? Para muitos, o senador está testando forças — e medindo até onde pode ir.

Consulta ao pai: Jair Bolsonaro continua sendo o centro gravitacional

Flávio também comentou que pretende visitar Jair Bolsonaro na terça-feira (9). Mesmo inelegível e preso, o ex-presidente segue como o maior influenciador da direita brasileira — e o único com poder real de arbítrio dentro da própria família.

Segundo o senador, nada é decidido sem antes passar pelo pai.

Fontes próximas ao clã Bolsonaro confirmam que a pré-candidatura de Flávio só foi anunciada após “anuência moral” do ex-presidente. A família avaliou cenários, mediu riscos e decidiu que o nome do senador poderia ser colocado no jogo — pelo menos por enquanto.

Essa nova conversa com Jair Bolsonaro será crucial para definir o próximo movimento. A dúvida é: Bolsonaro vai apoiar que o filho continue? Ou vai preferir negociar uma composição mais vantajosa para 2026?

Pré-campanha em andamento, mas futuro incerto: qual é o próximo passo?

Após o anúncio oficial da pré-candidatura, Flávio disse que entrou na fase de “botar a mão na massa”: reunir apoios, organizar agenda, montar plataforma de governo e rodar o país. Encontros, viagens e reuniões já começaram a ser estruturados.

Mas agora, tudo isso está sob revisão.

Com o cenário mudando a cada dia — e com pesquisas indicando movimentos importantes entre Flávio, Lula e outros pré-candidatos —, a declaração do senador embaralha ainda mais o tabuleiro.

A pergunta que Brasília inteira faz é simples, mas explosiva:

Qual é o verdadeiro “preço” para que Flávio Bolsonaro desista da Presidência?

E mais:

Ele realmente está disposto a pagá-lo — ou está apenas elevando seu valor político no jogo?

A resposta começa a ser construída a partir desta segunda-feira. E, ao que tudo indica, a semana promete ser uma das mais quentes do calendário eleitoral.

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