Homem é preso após atacar esposa com foice e facão no Espírito Santo

Mulher tem mão amputada após ataque brutal do marido no Espírito Santo
Um caso de extrema violência doméstica chocou os moradores de São Domingos do Norte, cidade localizada no interior do Espírito Santo. Na noite do dia 2 de setembro, uma mulher de 38 anos sofreu um ataque brutal dentro de casa, desferido pelo próprio marido, de 43 anos. Armado com uma foice e um facão, o homem desferiu diversos golpes contra a esposa, resultando na amputação de uma de suas mãos e outros ferimentos graves.
Motivo teria sido discussão relacionada ao filho do casal
De acordo com informações apuradas pela polícia, a agressão ocorreu após uma discussão motivada pelo filho do casal, de apenas um ano e meio. A mulher teria deixado a criança sozinha em casa por alguns minutos para ir até um estabelecimento próximo comprar alimentos. O comportamento provocou a ira do marido, que reagiu com extrema violência ao seu retorno.
Sem qualquer possibilidade de defesa, a mulher foi atacada com instrumentos cortantes dentro da própria residência. O barulho e os gritos vindos do local chamaram a atenção de vizinhos, que rapidamente acionaram a polícia e os serviços de emergência. Foi graças à resposta rápida da comunidade que a vítima foi socorrida com vida, embora em estado grave.
Estado de saúde e tratamento médico
Após o ataque, a vítima foi levada às pressas para uma unidade hospitalar da região. Os médicos confirmaram que, em função da gravidade dos ferimentos, foi necessária a amputação de uma das mãos. A mulher segue internada, recebendo cuidados médicos e acompanhamento psicológico.
Apesar do trauma físico e emocional, seu estado de saúde é considerado estável. Familiares e amigos se mobilizaram para oferecer apoio durante a recuperação, enquanto campanhas de solidariedade começaram a surgir nas redes sociais.
Agressor se entregou dias depois
A Delegacia de São Domingos do Norte ficou responsável pelo caso. Diante da gravidade das agressões, a polícia pediu imediatamente a prisão preventiva do agressor. Durante os primeiros dias de investigação, ele chegou a ficar foragido, mas se apresentou espontaneamente à delegacia dias depois.
Após prestar depoimento, o homem foi detido e encaminhado ao sistema prisional, onde agora aguarda os desdobramentos judiciais. Ele irá responder por tentativa de feminicídio — crime previsto na legislação brasileira com penas que podem ultrapassar os 20 anos de reclusão.
Caso provoca comoção e revolta na comunidade
O ataque repercutiu intensamente na pequena cidade de São Domingos do Norte, gerando indignação e comoção entre moradores. Muitos expressaram sua revolta nas redes sociais, enquanto movimentos de mulheres e entidades civis passaram a cobrar ações mais efetivas de combate à violência doméstica.
O caso também reacende uma discussão nacional sobre a necessidade de fortalecer políticas públicas de proteção às mulheres, especialmente em regiões afastadas dos grandes centros urbanos, onde o acesso a serviços de apoio ainda é limitado.
Polícia continua investigando o caso
A investigação está em andamento e segue sendo conduzida com apoio da Delegacia Regional de Colatina. A polícia já ouviu vizinhos, amigos e familiares do casal para entender o histórico da relação. Informações iniciais apontam que o relacionamento era conturbado, com possíveis episódios anteriores de agressão verbal e psicológica, ainda que não tenham sido formalmente denunciados.
O objetivo agora é reunir o máximo de provas para embasar a acusação e garantir que o processo judicial seja conduzido com a celeridade e a seriedade que o caso exige.
Reflexões sobre a violência doméstica
O episódio evidencia, mais uma vez, os riscos enfrentados diariamente por milhares de mulheres no Brasil, especialmente dentro do ambiente doméstico — onde deveriam estar protegidas. Mesmo com leis mais duras e campanhas de conscientização, casos de extrema brutalidade ainda continuam a ocorrer com frequência alarmante.
Especialistas ressaltam a importância de denunciar desde os primeiros sinais de violência — sejam eles físicos, psicológicos ou patrimoniais. Redes de apoio, canais de denúncia e políticas públicas são essenciais para quebrar o ciclo da violência antes que situações como essa se tornem irreversíveis.
Um apelo por justiça e proteção
Enquanto a vítima enfrenta um longo processo de recuperação física e emocional, a sociedade clama por justiça. Casos como esse não apenas destroem vidas, mas também expõem falhas estruturais no combate à violência de gênero. É preciso garantir que nenhuma mulher precise passar por tamanha crueldade sem ter a quem recorrer.
A expectativa é que o processo avance de forma rápida e eficaz, e que o agressor seja punido conforme a gravidade do crime. Mais do que isso, espera-se que o caso sirva como alerta para que mais mulheres se sintam encorajadas a buscar ajuda — e para que o Estado esteja preparado para protegê-las.