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Jovem morre após sessão de criolipólise e caso serve de alerta sobre riscos de procedimentos estéticos

Uma tragédia recente voltou a acender o debate sobre os riscos envolvidos em procedimentos estéticos populares. Uma jovem de 24 anos perdeu a vida após realizar uma sessão de criolipólise, técnica amplamente divulgada como uma alternativa não invasiva para eliminar gordura localizada. O caso, que aconteceu no exterior, chamou a atenção não apenas pelo desfecho trágico, mas também por expor os perigos muitas vezes negligenciados em tratamentos considerados “seguros”.

A jovem buscava apenas um retoque estético na região do abdômen, mas acabou sendo vítima de uma rara e grave complicação durante o procedimento. Sua morte serve como um alerta importante para quem considera realizar esse tipo de intervenção: mesmo métodos não cirúrgicos podem apresentar riscos significativos se não forem conduzidos com o devido cuidado.

O que é a criolipólise e como funciona o tratamento?

A criolipólise é um tratamento estético que ganhou popularidade nos últimos anos por prometer resultados sem cortes ou anestesia. A técnica atua através do resfriamento controlado das células de gordura, levando à sua destruição. Com o tempo, essas células mortas são eliminadas naturalmente pelo organismo.

O procedimento é realizado com o uso de um aparelho que suga levemente a área a ser tratada e a resfria até temperaturas extremamente baixas. O objetivo é provocar a apoptose, um tipo de morte celular programada. O método é indicado para redução de gordura localizada, sendo mais eficaz em pessoas com peso estável e áreas específicas de acúmulo adiposo.

A promessa de remodelar o corpo sem cirurgia atrai milhares de pessoas todos os anos. No entanto, é justamente essa aparência de simplicidade que pode gerar uma falsa sensação de segurança.

Quando o seguro se torna perigoso: o que pode dar errado?

Embora a criolipólise seja, em muitos casos, bem-sucedida e cause apenas efeitos colaterais leves como vermelhidão, inchaço ou dormência temporária, existem riscos mais sérios associados ao procedimento. Um dos mais temidos é a hiperplasia adiposa paradoxal, condição rara em que a gordura tratada aumenta em vez de reduzir. Outro risco é o dano aos tecidos vizinhos, como músculos ou nervos, se a técnica não for aplicada corretamente.

No caso da jovem, ainda não se sabe com exatidão qual complicação ocorreu, mas tudo indica que houve uma resposta sistêmica grave ao resfriamento. Isso pode incluir inflamações severas, lesões internas ou reação em pacientes com predisposições desconhecidas, como distúrbios circulatórios ou problemas metabólicos. O corpo, ao ser submetido a temperaturas tão baixas, pode entrar em choque, principalmente se não houver avaliação médica prévia adequada.

A importância da escolha de profissionais qualificados

Um dos principais pontos de atenção nesse tipo de tratamento é o profissional responsável. Apesar da criolipólise ser considerada minimamente invasiva, ela requer conhecimento técnico aprofundado. A escolha de uma clínica regulamentada e de um profissional capacitado é essencial para garantir que os protocolos sejam seguidos corretamente, que os equipamentos estejam em conformidade e que eventuais riscos sejam minimizados.

Além disso, qualquer pessoa interessada no procedimento deve passar por avaliação médica completa, algo que muitas vezes é ignorado ou substituído por uma simples conversa com o esteticista. Só um médico pode identificar condições que contraindiquem o procedimento ou que aumentem o risco de complicações.

A busca pelo corpo perfeito e os limites da estética

A morte da jovem coloca em discussão um problema cada vez mais comum: a pressão estética exacerbada que leva muitas pessoas a buscar soluções rápidas, muitas vezes sem considerar os riscos. As redes sociais, influenciadores e celebridades costumam promover uma imagem de perfeição acessível, incentivando procedimentos que parecem inofensivos, mas que podem custar caro quando realizados de forma inadequada.

É importante lembrar que nenhum procedimento estético é isento de risco. Ainda que a tecnologia tenha evoluído e os tratamentos se tornem menos invasivos, o corpo humano reage de forma diferente em cada indivíduo. A saúde deve estar sempre em primeiro lugar, acima de qualquer padrão estético.

Um alerta necessário para quem busca intervenções estéticas

O caso da jovem de 24 anos não é apenas uma notícia triste — é também um chamado à reflexão. A busca pela autoestima e pelo bem-estar corporal é legítima, mas deve ser feita com responsabilidade e informação. Antes de qualquer procedimento, é fundamental:

  • Consultar profissionais de saúde qualificados;

  • Buscar clínicas autorizadas por órgãos reguladores;

  • Entender os riscos e limitações do tratamento;

  • Evitar promessas milagrosas ou soluções rápidas demais.

A história dessa jovem, infelizmente, teve um desfecho trágico. Que ela sirva como um lembrete real de que, quando se trata da nossa saúde, todo cuidado é pouco.

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