Menores acolhidas em ONG eram recrutadas como garotas de programa pelo presidente: ‘experimentava elas’

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (21), a Polícia Civil revelou que o presidente de uma ONG voltada ao acolhimento de menores em Paulista, na Grande Recife, foi preso sob acusação de transformar a instituição em um centro de prostituição de adolescentes. Segundo as investigações, ele cobrava R$ 50 para a entrada dos “clientes” no local.

A prisão ocorreu durante a Operação Pool Party, deflagrada após uma denúncia anônima. Além do presidente da ONG, outros quatro homens e duas mulheres foram detidos.

Durante a semana, a ONG promovia cursos, palestras e oficinas para crianças e adolescentes. Porém, aos fins de semana, o local se tornava ponto de exploração sexual.

O delegado Darlson Freire, gestor do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), afirmou que a entrada na casa, cercada por um muro de três metros de altura, era restrita a pessoas conhecidas. No interior, os “clientes” negociavam o valor dos programas diretamente com as vítimas.

Os crimes investigados incluem favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, além do fornecimento de bebida alcoólica a adolescentes. A polícia ainda apura se o presidente da ONG retinha parte do dinheiro pago às vítimas.

O delegado também mencionou que as vítimas passavam por “testes” antes de serem exploradas sexualmente, conforme relatos obtidos pela polícia.

Uma das adolescentes informou que o presidente da ONG “experimentava” as meninas em uma casa de apoio próxima à instituição antes de colocá-las para se prostituírem. No local, havia uma grande piscina, onde foram encontradas drogas e bebidas alcoólicas.

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