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PGR Pede Condenação de Bolsonaro por Tentativa de Golpe: Entenda a Acusação que Sacudiu Brasília

A semana começou com uma forte reverberação no cenário político brasileiro. Na madrugada de segunda-feira (14), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de condenação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados de alto escalão, sob a acusação de participação em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito democraticamente em 2022.

O “Núcleo Duro” e a Estratégia de Ruptura Institucional

Segundo a PGR, os denunciados formavam o chamado “núcleo duro” de um plano detalhado que começou a ser articulado ainda no início de 2022. O objetivo: descredibilizar o sistema eleitoral brasileiro, desestabilizar instituições democráticas e manter Bolsonaro no poder a qualquer custo, mesmo com a derrota nas urnas.

O documento de 517 páginas entregue ao STF aponta reuniões secretas, a elaboração de decretos inconstitucionais e o uso das Forças Armadas como instrumento de coação institucional. A estratégia incluía desde desinformação sobre as urnas eletrônicas até a preparação de medidas que culminariam em um Estado de Sítio, tudo em desacordo com a Constituição Federal.

O Papel Central de Mauro Cid

Entre os elementos mais contundentes da denúncia está a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid confirmou à Justiça que Bolsonaro não só teve conhecimento, como editou uma minuta de decreto golpista que instauraria um Estado de Sítio no Brasil. Ele também participou de reuniões estratégicas e trocou mensagens com outros envolvidos, nas quais detalhava os passos para a ruptura democrática.

A delação de Cid é considerada peça-chave pela PGR, pois trouxe documentos, áudios e mensagens que reforçam a existência de uma trama organizada, envolvendo figuras do alto escalão militar e político do governo anterior.

Envolvimento de Militares de Alta Patente

Dois nomes chamam atenção entre os denunciados: o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro, e o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha.

Braga Netto é acusado de ter elaborado o plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que segundo delações incluía até a possibilidade de assassinato de Lula e outras autoridades, caso o golpe avançasse. A PGR também aponta que ele buscou recursos para manter acampamentos golpistas em frente a quartéis e pressionou líderes das Forças Armadas a aderirem ao movimento.

Já Almir Garnier teria ido além: foi o único, segundo a acusação, a declarar apoio direto ao plano golpista, colocando tropas da Marinha à disposição do então presidente. Ele também assinou um manifesto que legitimava os acampamentos antidemocráticos, que mais tarde serviram de base para os atos criminosos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

O Que Vem a Seguir

O pedido de condenação entregue pela PGR ao STF representa o encerramento de uma das etapas mais delicadas da investigação. Agora, cabe aos ministros da Corte analisar as provas, ouvir os envolvidos e decidir se aceitam a denúncia. Caso isso ocorra, os acusados passarão à condição de réus em uma ação penal.

Essa nova ofensiva da Justiça sinaliza um endurecimento do combate às tentativas de minar a democracia no Brasil. Para analistas políticos, o caso pode se tornar um marco na história institucional do país, punindo quem usou o poder público para conspirar contra a ordem constitucional.

Enquanto isso, Bolsonaro nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição política. Seus advogados dizem que o ex-presidente jamais compactuou com qualquer plano ilegal e que irá se defender no devido processo legal.

Conclusão

A denúncia da PGR lança luz sobre os bastidores obscuros de uma tentativa de golpe que poderia ter mergulhado o país em uma grave crise institucional. Com nomes de peso do meio militar e político no centro da trama, o desfecho do processo será decisivo para os rumos da democracia brasileira — e para o legado de Jair Bolsonaro no cenário nacional.

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