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Médico quebra protocolo e entrega detalhes sobre câncer de Bolsonaro: ‘É um dos mais graves’

Bolsonaro é diagnosticado com câncer de pele em estágio inicial após cirurgia: entenda o caso

Nos últimos dias, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a ser destaque na imprensa, desta vez por questões relacionadas à sua saúde. Após passar por um procedimento cirúrgico no final de semana para retirada de oito lesões cutâneas, um laudo médico divulgado na quarta-feira (17) confirmou que duas dessas lesões eram câncer de pele. O diagnóstico revelou que se tratava de um carcinoma de células escamosas in situ — um tipo de câncer em estágio inicial, restrito à camada mais superficial da pele.

Estado de saúde é considerado estável

De acordo com os médicos que acompanham Bolsonaro, não há motivo para alarme. A detecção precoce e a localização superficial do tumor permitiram que a remoção cirúrgica resolvesse a situação de forma eficaz. O ex-presidente já recebeu alta hospitalar e não precisará de tratamentos agressivos, como quimioterapia ou radioterapia. O protocolo, agora, será de acompanhamento clínico com consultas periódicas, o que é considerado padrão para casos como esse.

O boletim médico também apontou que o procedimento foi bem-sucedido, sem complicações, e que não há indícios de metástase — ou seja, o câncer não se espalhou para outras partes do corpo. A prioridade a partir de agora é o monitoramento contínuo da pele, para detectar qualquer nova alteração que possa surgir.

O que é o carcinoma de células escamosas “in situ”?

Para esclarecer o diagnóstico, a revista Caras Brasil conversou com o oncologista Jorge Abissamra, coordenador de oncologia no Hospital Santa Clara e na rede Hapvida NotreDame Intermédica. Segundo o especialista, o termo “in situ” indica que o tumor está confinado à epiderme, a camada mais externa da pele, sem atingir estruturas mais profundas.

“É uma condição com ótimo prognóstico quando diagnosticada nessa fase. O tratamento costuma ser cirúrgico e eficaz, desde que o paciente mantenha um acompanhamento rigoroso”, explicou Abissamra. O médico também ressaltou que, embora a palavra “câncer” seja preocupante, esse tipo de lesão, quando identificada cedo, é tratável com altos índices de sucesso.

Câncer de pele: o mais comum no Brasil

O carcinoma de células escamosas é o segundo tipo mais comum de câncer de pele, atrás apenas do carcinoma basocelular. Juntos, esses dois tipos não melanoma representam a grande maioria dos tumores cutâneos. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele não melanoma é responsável por cerca de 30% de todos os tumores malignos diagnosticados no país.

O problema é agravado pelas características climáticas do Brasil, onde grande parte do território apresenta altas temperaturas e forte incidência solar durante o ano inteiro. Em 2025, várias capitais brasileiras chegaram a registrar sensação térmica superior a 40 °C, o que aumenta consideravelmente os riscos da exposição ao sol sem proteção adequada.

Prevenção é a melhor estratégia

Especialistas são unânimes ao recomendar medidas simples e eficazes de prevenção, como o uso diário de protetor solar, chapéus, óculos escuros e roupas que bloqueiem a radiação ultravioleta. Esses cuidados devem ser parte da rotina, especialmente em regiões tropicais ou em atividades ao ar livre.

O Dr. Jorge Abissamra reforça que sinais aparentemente inofensivos podem ser indicativos de algo mais sério: “Pintas que mudam de cor, formato ou tamanho, feridas que não cicatrizam, manchas que crescem rapidamente ou apresentam sangramento devem ser avaliadas o quanto antes por um dermatologista.” Ele destaca que o diagnóstico precoce é o principal fator de sucesso no tratamento, como aconteceu no caso de Bolsonaro.

Vigilância contínua após a cirurgia

No caso do ex-presidente, as oito lesões foram completamente removidas, e apenas duas apresentaram câncer de pele em estágio inicial. A cirurgia transcorreu dentro da normalidade, e os médicos garantem que, neste momento, não há necessidade de novos procedimentos. Ainda assim, Bolsonaro deverá manter acompanhamento rigoroso, com revisões regulares para evitar o surgimento de novos focos.

Essa situação serve como alerta para toda a população, especialmente porque muitos casos semelhantes acabam sendo negligenciados até atingirem estágios mais perigosos. Pacientes que já apresentaram uma lesão têm maior chance de desenvolver outras ao longo da vida.

Um exemplo do impacto do diagnóstico precoce

A nova passagem de Jair Bolsonaro por um hospital se soma a uma série de procedimentos médicos desde 2018, quando foi vítima de uma facada durante a campanha eleitoral. Desta vez, porém, o episódio tem um desfecho menos dramático e reforça a importância do diagnóstico precoce como ferramenta essencial de saúde pública.

A mensagem que fica é clara: proteger a pele diariamente e procurar atendimento médico diante de qualquer sinal suspeito não é apenas um cuidado estético ou secundário — é uma atitude vital para manter a saúde e prevenir doenças graves.

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