Notícias

Por onde anda Flávio Silvino? Mãe revela como ator está: ‘Cuidei até onde pude’

Flávio Silvino: o ator que venceu a morte e hoje inspira com sua luta diária

Flávio Silvino, nome que marcou a televisão brasileira nos anos 1990, é muito mais do que um ex-ator de sucesso. Ele é símbolo de superação, força e amor incondicional. Aos 52 anos, longe dos holofotes, Flávio vive uma rotina silenciosa no Rio de Janeiro, enfrentando os reflexos de um trágico acidente de carro que mudou sua vida para sempre.

Se você se lembra dele em “Laços de Família”, vai se surpreender com a trajetória de coragem e resistência que ele trilha até hoje.

O acidente que mudou tudo: quando a fama deu lugar à sobrevivência

Em 1993, no auge de sua carreira, Flávio Silvino sofreu um acidente gravíssimo ao colidir com um carro-forte. O impacto foi tão brutal que o deixou em coma por meses. Quando finalmente acordou, sua vida nunca mais seria a mesma. O ator passou a conviver com sequelas neurológicas severas, incluindo limitações motoras e dificuldades na fala.

Apesar da recuperação parcial, Flávio não voltou mais às novelas. Sua última aparição foi em Laços de Família (2000), um marco da teledramaturgia brasileira. Em 2001, foi oficialmente aposentado por invalidez, aos 28 anos, interrompendo uma carreira que prometia brilhar por décadas.

Hoje, ele vive em Copacabana, na companhia da mãe, Diva Plácido, e cercado por uma equipe de home care especializada — formada por técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

Diva Plácido: a mãe que se tornou cuidadora, amiga e anjo da guarda

Diva Plácido, com 73 anos, dedicou três décadas de sua vida a cuidar do filho. “São 30 anos que ele está nessa. E precisei de ajuda. Mas eu dedico minha vida a ele”, declarou em entrevista à revista Quem. Mesmo com apoio profissional, Diva nunca deixou de ser o coração que pulsa por Flávio.

Ela foi responsável por dar os primeiros passos na reabilitação emocional do filho, especialmente após a morte do pai, o comediante Paulo Silvino, em 2017. A perda abalou profundamente o ator, que entrou em um quadro de depressão agravado pelo isolamento e pelas limitações físicas.

Mas Diva, com o instinto de mãe e a sensibilidade de quem ama incondicionalmente, encontrou uma solução simples e poderosa: o contato com o sol.

Sol, água de coco e amor: a rotina que transformou o humor de Flávio

Diante do quadro depressivo de Flávio, Diva decidiu agir de forma intuitiva, porém eficaz. “Ele já estava em depressão. Mas, como mãe dele, falei: ‘vai sair, pegar um sol’. Me deu uma louca: desci e disse: ‘sei como curar meu filho’”, contou emocionada.

Desde então, Flávio segue uma rotina que parece simples, mas é carregada de significado e resultado. Todos os dias, ele desce para a rua, toma 20 minutos de sol e bebe água de coco. Esse hábito diário, embora singelo, trouxe melhora significativa em seu humor e disposição.

A luz do sol, que estimula a produção de vitamina D e serotonina, tem sido uma verdadeira aliada na luta contra a depressão. E a água de coco, além de hidratar, representa um pequeno prazer diário em meio às limitações da vida.

O legado silencioso de Flávio Silvino: força, esperança e resiliência

A história de Flávio Silvino é a prova de que a vida pode ser reinventada, mesmo depois de uma tragédia. Embora tenha se afastado da televisão há mais de 20 anos, ele continua sendo um símbolo de resistência emocional e física para milhares de brasileiros.

Limitado à cadeira de rodas e com a fala ainda comprometida, ele não desistiu de viver — e isso, por si só, é uma vitória. A presença constante da mãe, o apoio de profissionais de saúde e pequenos rituais diários compõem uma nova forma de protagonismo: o da superação diária.

Nos bastidores da vida, Flávio é protagonista de uma novela real, onde o amor materno e a força interior são os grandes roteiristas.

Por que a história de Flávio Silvino ainda importa?

Porque ela nos lembra que o valor de uma pessoa não está em sua produtividade ou visibilidade pública. Está na sua capacidade de resistir, se adaptar e manter a esperança, mesmo quando tudo parece perdido.

No mundo atual, onde o imediatismo domina e os holofotes ditam quem merece atenção, histórias como a de Flávio são ainda mais urgentes. Elas falam de humanidade, de compaixão e de propósito — palavras que não saem de moda.

Botão Voltar ao topo